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Felipe Lisboa

Como acertar o ritmo de nado em uma prova?

Como já foi dito, a melhor forma de se preparar para uma prova é treinando no ritmo de prova. No entanto, algumas estratégias devem ser adotadas pelo nadador ao longo de toda a distância a ser percorrida.


Por exemplo, na última Olimpíada, o nadador australiano Kyle Chalmers fez a sua passagem de 50 m em sétimo lugar na prova de 100 m livre com o tempo de 23,14 s. O seu tempo de volta foi de 24,44 s, o que lhe rendeu o ouro Olímpico na prova mais tradicional da natação. Isso faz dos 100m livre uma prova em que a parcial dos 50m deve ser muito bem treinada, de forma que o alto custo de energia de uma passagem forte não custe caro ao final da prova, bem como uma passagem conservadora já deixe o nadador de fora da prova já na metade dela.


O perfil de ritmo em cada parcial varia de acordo com a distância e o estilo. Nadadores geralmente adotam um perfil de ritmo positivo nos 100 m, ou seja, o tempo da parcial aumenta da primeira para a segunda metade da prova. Embora o tempo da segunda parcial seja superior devido ao ganho de velocidade dado pela saída, os melhores nadadores de 100 m são os que melhor conseguem manter a sua velocidade na segunda parcial.


Já nas provas de 200m e superiores, geralmente se observa um perfil em que se costuma abrir e fechar mais forte, mantendo um ritmo nas parciais do meio de prova (exceto para os 200 peito e borboleta que são provas de perfil positivo).


E nos 50 m? O ritmo é máximo desde o início. Um bom nadador de 50 m é aquele que melhor sustenta a velocidade dada pelo mergulho na saída.


Portanto, além de se treinar em RP, é importante que nas fases específicas do treinamento cada parcial de prova seja ajustada para que o desempenho seja o melhor possível!


Veja o perfil de velocidade de alguns nadadores catarinenses durante uma prova de 50 m. Note que o perfil é o mesmo, mas o que muda é a velocidade média de cada trecho.


Referências: MCGIBBON, K. E. et al. Pacing in Swimming: A Systematic Review. Sports Medicine, v. 48, n. 7, p. 1621-1633, 2018.

Por Prof. Dr. Felipe Domingos Lisboa |CREF 015846-G/SC

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